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Abel Francisco Gonçalves Vieira, Soldado de Infantaria, n.º 09126865: Cruz de Guerra, de 4.ª classe

 

HONRA E GLÓRIA

Fontes:

5.º Volume, Tomo V, pág. 231, da RHMCA / CECA / EME

7.º Volume, Tomo III, Livro 1, pág.s 115 a 118, da RHMCA / CECA / EME

Jornal do Exército, ed. 133, de Jan1971

 

Abel Francisco Gonçalves Vieira

 

Soldado de Infantaria, n.º 09126865

 

Companhia de Caçadores 1504

 

Batalhão de Caçadores 1876

 

«CONDUTA NOBRE E BRAVA»

 

Moçambique

 

06Fev1966 > 27Fev1968

 

Cruz de Guerra, de 4.ª classe

 

Abel Francisco Gonçalves Vieira, Soldado Atirador de Infantaria, n.º 09126865, natural da freguesia e concelho de Silves (Algarve).


Mobilizado pelo Regimento de Infantaria 16 (RI16 - Évora) para servir Portugal na Província Ultramarina de Moçambique integrado na Companhia de Caçadores 1504 do Batalhão de Caçadores 1878 «CONDUTA NOBRE E BRAVA», no período de 6 de Fevereiro de 1966 a 27 de Fevereiro de 1968.
 

Cruz de Guerra, de 4.ª classe

 

 

Soldado de Infantaria, n.º 09126865
ABEL FRANCISCO GONÇALVES VIEIRA
 

CCac1504/BCac1878 - RI 16
MOÇAMBIQUE
 

4.ª CLASSE
 

Transcrição do Despacho publicado na OE n.º 23 - 3.ª série, de 1968.


Agraciado com a Cruz de Guerra de 4.ª classe, nos termos do artigo 12.º do Regulamento da Medalha Militar, promulgado pelo Decreto n.º 35 667, de 28 de Maio de 1946, por despacho do Comandante-Chefe das Forças Armadas de Moçambique, de 17 de Junho de 1968:


O Soldado n.º 09126865, Abel Francisco Gonçalves Vieira, da Companhia de Caçadores n.º 1504/Batalhão de Caçadores n.º 1878 - Regimento de Infantaria n.º 16.


Transcrição do louvor que originou a condecoração.
(Publicado na OS n.º 06, de 09 de Fevereiro de 1968, do CmdSec B):


Louvado o Soldado n.º 09126865, Abel Francisco Gonçalves Vieira, da Companhia de Caçadores 1504/Batalhão de Caçadores 1878 — Regimento de Infantaria n.º 16, porque durante uma forte emboscada sofrida em 15 de Junho de 1967, pelo seu Grupo de Combate, demonstrou possuir notáveis qualidades de coragem, decisão, sangue frio, espírito de sacrifício, serenidade debaixo de fogo e sentido do dever.


Encontrando-se numa zona em que o inimigo atacou com grande intensidade, tendo ficado logo de início ferido na testa, respondeu com a maior calma ao fogo adversário, após o que se deslocou, debaixo de intenso tiroteio e rebentamentos, fazendo em seguida lançamento de granadas, do meio da estrada e sem a mínima protecção.


Este elemento, que se oferece sempre para ser o homem da frente em qualquer patrulha, mesmo sendo muito provável o contacto com o inimigo, tem tido actuação de muito mérito em todas as operações em que tem tomado parte, destacando-se também na reacção a uma anterior emboscada, em 10 de Junho de 1967, na região de Muatize.


Sendo presentemente o militar da Companhia com mais dias de actividade operacional, o Soldado Gonçalves Vieira alia às qualidades que o tornam um extraordinário combatente, as de militar muito aprumado, correcto e trabalhador, que muito o dignificam e prestigiam a Unidade a que pertence e o Exército.

 

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Jornal do Exército, ed. 133, de Janeiro de 1971

 

 

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Batalhão de Caçadores 1878

 

Identificação: BCac1878

 
Unidade Mobilizadora: Regimento de Infantaria 16 (RI 16 - Évora)
 

Comandante:

Tenente-coronel de Infantaria Manuel da Conceição Matos Silva


2.º Comandante:

Major de Infantaria António Manuel Dias Falagueiro Sousa Teles
 

Oficial de Informações e Operações Adjunto:

Major de Infantaria José de Oliveira Carvalho

 

Comandantes de Companhia:

Companhia de Comando e Serviços (CCS):

Capitão do Serviço Geral do Exército Aquilino Cândido Torres


Companhia de Caçadores 1502 (CCac1502):

Capitão de Infantaria José de Almeida Nolasco Pinto


Companhia de Caçadores 1503 (CCac1503);

Capitão de Infantaria Diniz Joaquim Brás Sebastião


Companhia de Caçadores 1504 (CCac1504):

Capitão de Infantaria Silvério Henrique da Costa Jónatas

Teve sob o seu comando:
Companhia de Caçadores 689 (CCac689),
Companhia de Caçadores de Milange,
Companhia de Caçadores de Quelimane,
Companhia de Caçadores 1592 (CCac1592),
Companhia de Caçadores 1618 (CCac1618)
2.ª Companhia do Batalhão de Caçadores 20 (2ªCCac/BCac20),
Companhia de Artilharia 1600 (CArt1600)
2.ª Bateria de Bocas-de-Fogo do Grupo de Artilharia de Campanha 6 (Btrbf/GAC6) e
Esquadrão de Cavalaria 3 (ECav 3).


Divisa: "Conduta Nobre e Brava".
 

Partida:

Embarque, no NTT «Vera Cruz», a 12 de Janeiro de 1966; Desembarque a 6 de Fevereiro de 1966.


Regresso:

Embarque, no NTT «Vera Cruz», a 27 de Fevereiro de 1968.
 

Síntese da Actividade Operacional


Desembarcou na Beira, a 6 de Fevereiro de 1966.


Foi colocado em Mocuba, onde rendeu o Batalhão de Cavalaria 571 (BCav571), assumindo a responsabilidade do sector que correspondia ao distrito da Zambézia (a partir de Janeiro de 1967 - Sector D).


A Companhia de Comando e Serviços (CCS), recebeu o reforço, até 15 de Outubro de 1966, de 1 pelotão da Companhia de Caçadores 1504 (CCac1504), destacado em Quelimane.


As Companhias de Caçadores 1502, 1503 e 1504, foram colocadas respectivamente, em Morrumbala, Errego e Mabo-Tacuane, integradas no dispositivo do batalhão.


Ficaram sob o seu comando, a Companhia de Caçadores 689 (CCac689) em Vila Junqueiro, a Companhia de Caçadores de Milange e a partir de 15 de Outubro de 1966, a Companhia de Caçadores de Quelimane (substituiu o pelotão da Companhia de Caçadores 1504).


A 11 de Junho de 1966, o sector foi dividido em dois subsectores (Mocuba e Alto Molocué). Foi-lhe atribuído o de Mocuba, deixando de ter sob o seu comando a Companhia de Caçadores 689 (CCac689) (Vila Junqueiro). Estes subsectores passaram a designar-se a partir de Janeiro de 1967, DMO (Mocuba) e DAM (Alto Molocué). Na Zambézia, não havia indícios da presença do In (inimigo). A actividade operacional do batalhão consistia em escoltas, nomadizações, patrulhamentos, contacto com as populações, colaboração com as autoridades administrativas, assistência médico-sanitária e acção psicológica. Planeou e efectuou entre outras, as operações "Ambrósio" (Montes Marreuone e Comoé), "Sentinela Vigilante" (desde a fronteira com o Malawi até Nintulo) e "Bate Bate" (vale do rio Luo).


Em Janeiro de 1967, permutando com o Batalhão de Cavalaria 1880 (BCav1880), foi transferido para Mueda, no distrito de Cabo Delgado, tendo assumido a responsabilidade do subsector de Mueda (BMU), do Sector B.


As Companhia de Caçadores 1502, 1503 e 1504 foram colocadas respectivamente em Miteda, Nancatari e Muidumbe, integradas no dispositivo do batalhão. Ficaram, sob o seu comando a Companhia de Caçadores 71 (CCac71), rendida a 29 de Janeiro de 1967, pela Companhia de Caçadores 1618 (CCac1618), em Mutamba dos Macondes, a Companhia de Artilharia 1600 (CArt1600) em Sagal, a Companhia de Caçadores 1592 (CCac1592), a 2.ª Bateria Bocas-de-Fogo do Grupo de Artilharia de Campanha 6 (Btrbf/GAC6) e o Esquadrão de Cavalaria 3 (ECav3), em Mueda.


Em Maio de 1967, foi rendido em Mueda, pelo Batalhão de Caçadores 1916 (BCac1916), e transferido para Nangololo, assumindo a responsabilidade do recém-criado subsector BNG, do Sector B. As suas subunidades mantiveram-se nos aquartelamentos anteriores, continuando a fazer parte do dispositivo do batalhão. Cessaram as subordinações anteriores, excepto o de um pelotão de bocas de fogo, da 2.ª Bateria Bocas-de-Fogo do Grupo de Artilharia de Campanha 6 (Btrbf/GAC6), em Nangololo. A actividade do inimigo no subsector era intensa, através de implantação de engenhos explosivos nos itinerários, armadilhas, emboscadas e flagelações aos aquartelamentos.


De Janeiro a Novembro de 1967, a actividade operacional, consistia na abertura de itinerários, sendo detectada e desactivada grande quantidade de minas APess (Anti-Pessoal) e ACar (Anti-carro) (algumas accionadas involuntariamente, causaram baixas às NT - Nossas Tropas), escoltas, patrulhamentos, nomadizações e emboscadas, nas regiões de Sagal, Mutamba dos Macondes, Muidumbe, Mueda, Miteda, Muatide, Napula, Chindorilho, Imbuo, Namaua, Sandoca e dos rios Mutamba, Lucoma, Muera, Mueda, Homba e Nido, designadamente as operações "Tufão", "Dora, "Castanha", "Centauro Glorioso", "Centauro Indomável", "Martelada", "Trolha", "Primadona", "Pente Ralo", "Polvo", "Gémeos", "Recolha", "Hiena", "Leão Bravo", "Leão Manhoso", "Leão Desconfiado" e "Coruja".


Em Novembro de 1967 foi rendido, em Nangololo, pelo Batalhão de Caçadores 1937 (BCac1937), e transferido para Montepuez, onde rendeu o Batalhão de Caçadores 1873 (BCac1873), no subsector de Montepuez (BTZ), do sector B. As Companhias de Caçadores 1502, 1503 e 1504 foram colocadas respectivamente em Balama, Toma do Nairoto e Montepuez, integradas no dispositivo do batalhão. Ficou sob o seu comando a 2.ª Companhia do Batalhão de Caçadores 20 (2ª/BCaç 20), em Nairoto.


De Novembro de 1967, até final da comissão, planeou e efectuou patrulhamentos, contacto com as populações, colaboração com autoridades administrativas, numa vasta ZA (Zona de Acção) que ia do rio Messalo a Balama, Namuno e Meluco.


Foi rendido em Montepuez (Fevereiro de 1968), pelo Batalhão de Caçadores 1907 (BCac1907).
 

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A Companhia de Caçadores (CCac1502) desembarcou na Beira e foi colocada em Morrumbala, onde rendeu a Companhia de Cavalaria 569 (CCav569). Estabeleceu um destacamento de pelotão em Namuanza, até 11 de Junho de 1966.


De 11 de Agosto a 1 de Novembro de 1966 reforçou, com 1 pelotão, a Companhia de Caçadores de Milange.


De Fevereiro de 1966 a Janeiro de 1967, efectuou patrulhamentos e contacto com a população prestando-lhe assistência medicamentosa.


Em Janeiro de 1967 foi transferida, por troca com a Companhia de Cavalaria 1508 do Batalhão de Cavalaria 1880 (CCav1508/BCav1880), de Morrumbala para Miteda.


De 14 de Janeiro a 17 de Maio de 1967 guarneceu Nangololo com 1 pelotão.


De Jan67 a Nov67, submetida a intensa actividade operacional, efectuou abertura de itinerários, escoltas a colunas logísticas, patrulhamentos e nomadizações, nomeadamente as operações "Lá Vai Aço" (entre Cunamadudo e monte Sigingombe) e "Corta - Mato" (região de Damussa). Tomou parte nas operações "Castanha", "Martelada", "Trolha", "Hiena", "Polvo", Leão Bravo", "Leão Manhoso" e "Coruja".


Em Novembro de 1967, foi rendida em Miteda, pela Companhia de Caçadores 1803 do Batalhão de Caçadores 1937 (CCac1803/BCac1937), e transferida para Balama, onde rendeu a Companhia de Caçadores 1497 do Batalhão de Caçadores 1873 (CCac1497/BCac1873. Destacou 1 pelotão para Namuno.


Foi rendida em Balama (Fevereiro 196868), pela Companhia de Caçadores 1584 (CCac1584).
 

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A Companhia de Caçadores 1503 (CCac1503) desembarcou na Beira e foi colocada em Errego, onde rendeu a Companhia de Cavalaria 568 (CCav568). Guarneceu Namarrói com 1 pelotão.


A 29 de Maio de 1966 foi rendida em Errego, pela Companhia de Caçadores 1558 do Batalhão de Caçadores 1891 (CCac1558/BCac 1891), e transferida para o Chire. Destacou um pelotão para Metola.


De 1 de Novembro de 1966 a 12 de Janeiro de 1967, reforçou a Companhia de Caçadores de Milange com 1 pelotão.


De Fevereiro de 1966 a Janeiro de 1967, efectuou patrulhamentos e contacto com a população. Tomou parte nas operações "Sentinela Vigente" e "Bate-Bate".


Em Janeiro de 1967, permutando com a Companhia de Cavalaria 1509 do Batalhão de Cavalaria 1880 (CCav1509/BCav1880), foi colocado em Nancatari.


De 17 de Maio a 6 de Novembro de 1967, reforçou, com 1 pelotão, a Companhia de Comando e Serviços (CCS) do batalhão.


De Janeiro a Novembro de 1967, efectuou abertura de itinerários, escoltas a colunas logísticas, patrulhamentos e nomadizações, designadamente as operações "Linhas Paralelas", (entre os rios Namagati e Tcheve), "Gazela" (nascentes do rio Muiro), "Javali" (entre os rios Nandana e Nido), "Charneca" (entre os rios Mambole, Missinge e Homba) e "Ágata" (entre os rios Chicunge e Muiro). Participou nas operações "Pente Ralo", "Hiena", "Leão Manhoso", "Leão Desconfiado" e "Coruja".

 

Em Novembro de 1967, foi rendida em Nancatari, pela Companhia de Caçadores 1805 do Batalhão de Caçadores 1937 (CCac1805/BCac1937), e transferida para Toma do Nairoto, onde rendeu a Companhia de Artilharia 1627 (CArt1627). Guarneceu Luma, com 1 pelotão.
Foi rendida em Toma do Nairoto (Fevereiro de 196868), pela Companhia de Artilharia 1599 (CArt1599).

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A Companhia de Caçadores 1504 (CCac1504) desembarcou na Beira. Foi colocada em Mabo-Tacuane, onde rendeu a Companhia de Cavalaria 570 (CCav570). Cedeu até 15 de Outubro de 1966, 1 pelotão de reforço à Companhia de Comando e Serviços (CCS) do batalhão.


De Fevereiro 1966 a Janeiro de 1967, efectuou patrulhamentos e contacto com a população. Participou nas operações "Ambrósio" e Bate-Bate".


Em Janeiro de 1967, permutando com a Companhia de Cavalaria 1510 do Batalhão de Cavalaria 1880 (CCav1510/BCav1880), foi transferida para Muidumbe.


De Janeiro a Novembro de 1967, efectuou abertura de itinerários, escoltas a colunas logísticas, patrulhamentos e nomadizações, nomeadamente as operações: "Atacar Sempre" (região do "Acampamento Liquenque"), "Surpresa I e Surpresa II" (regiões dos lagos N'Guri e Namanga), e "Açor" (Muidumbe). Tomou parte nas operações "Castanha", "Martelada", "Trolha", "Hiena", "Polvo" e "Leão Desconfiado".


Em Novembro de 1967, foi rendida em Muidumbe, pela Companhia de Caçadores 1804 do Batalhão de Caçadores 1937 (CCac1804/BCac1937), e transferida para Montepuez, onde rendeu a Companhia de Caçadores 1480 do Batalhão de Caçadores 1873 (CCac1480/BCac1873). Destacou 1 pelotão para a ilha de Ibo.


Foi rendida em Montepuez (Fevereiro de 1968), pela Companhia de Cavalaria 1602 (CCav1602).
 

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A actividade operacional das Companhias de Caçadores 1502, 1503 e 1504 na última situação (Balam, Toma do Nairoto e Montepuez), era idêntica à da 1.ª situação.


Dos resultados obtidos, decorrentes da actividade operacional do batalhão, salienta-se, entre o diverso material capturado: 1 metralhadora ligeira, 1 pistola metralhadora, 7 espingardas, 11 canhangulos, 3 granadas anticarro, 38 granadas de mão, grande quantidade de munições de armas ligeiras e variada documentação.

Observações:
História da Unidade — Caixa 54, N.º 5 (2.11 Div/7.ª Sec do AHM)

 

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