Morto em campanha da 28ªCCmds
Agostinho Machado Ribeiro Guimarães
Alferes Mil.º 'Comando', n.º
02779468
Centro de
Instrução de Comandos da Região
Militar de Angola
«A SORTE
PROTEGE OS AUADAZES»
Angola: 07Mai a
01Ago1970
Comandante
de Grupo de Combate da
28.ª
Companhia de Comandos
«OS TIGRES»
- «A SORTE PROTEGE OS AUDAZES»
Moçambique:
19Ago1970 a 04Set1972
Cruz de Guerra, colectiva, de 1.ª
classe
(Título póstumo)
Cruz de Guerra de 2.ª classe
(Título póstumo)
Agostinho Machado Ribeiro Guimarães,
Alferes Mil.º 'Comando', n.º
02779468, natural de Cabril,
concelho de Montalegre, filho de
Domingos Manuel Ribeiro Guimarães e
de Isaura do Nascimento Machado,
solteiro;
Em 16 de Março de 1970 mobilizado pelo
Centro de Instrução de Operações
Especiais (CIOE – Lamego)
«QUE OS
MUITOS, POR SEREM POUCOS, NÃO TEMAMOS»;
Em 4 de Abril de 1970 ficou a aguardar
transporte marítimo para a Província
Ultramarina de Angola;
Em 7 de Maio de 1970, após escalas no
Funchal e em São Tomé e Príncipe,
desembarcou e no mesmo dia iniciou no
Centro de Instrução de Comandos da
Região Militar de Angola (RMA)
«CONSTANTE E FIEL» - «AO DURO SACRIFÍCIO
SE OFERECE» o 18.º
Curso de
Comandos;
Em 1 de Agosto de 1970 é qualificado com
a
especialidade 959-Comandos;
Em 3 de Agosto de 1970, embarcou no NTT
‘Niassa’ rumo à Província Ultramarina de
Moçambique, como comandante de Grupo de
Combate da 28.ª Companhia
de Comandos (28ªCCmds) «OS TIGRES» - «A
SORTE PROTEGE OS AUDAZES»;
Em 19 de Agosto de 1970 desembarcou em
Porto
Amélia e seguiu em coluna-auto
para o Centro de Instrução de Comandos
(CIC - Montepuez);
Em 6 de Setembro de 1970 iniciou a sua
actividade operacional na Região Militar
de Moçambique (RMM) «CONSTANS ET
PERPETUA VOLUNTAS»;
Faleceu no dia 14 de Abril de 1971
na Enfermaria do Sector "B", em Mueda, em consequência
de ferimentos em combate ocorrido durante a operação
"ORFEU 2", na zona do rio Muatide;
Está
inumado no cemitério da freguesia de
Cabril, concelho de Montalegre;
Louvado e condecorado,
a título póstumo, com a Medalha da
Cruz de Guerra de 2.ª classe, pela
Portaria de 3 de Junho de1973,
publicado nas Ordens de Serviço n.º 6, de
3 de Março de 1973, do Comando-Chefe das
Forças Armadas de Moçambique, de 3 de
Março de 1973, e n.º 29, de 11 de Abril
do mesmo ano, do Quartel General da
Região Militar de Moçambique, e na Ordem
do Exército n.º 15 - 2.ª série, de 1973;
Agraciado com a
Medalha da Cruz de
Guerra, colectiva, de 1.ª classe,
conforme Aviso (extracto) n.º 7787/2014,
publicado no Diário da República, n.º
128/2014, Série II, de 7 de Julho de
2014.
Paz à
sua Alma
Cruz de Guerra de 2.ª classe
(Título póstumo)
Alferes Miliciano de Infantaria,
Comando
AGOSTINHO MACHADO RIBEIRO GUIMARÃES
28ªCCmds - CIOE
MOÇAMBIQUE
2.ª CLASSE (Título póstumo)
Transcrição da Portaria
publicada na Ordem do Exército n.º15
– 2.ª série, de 1973.
Por Portaria de 03 de Junho
de 1973:
Manda o Governo da República
Portuguesa, pelo Ministro da Defesa
Nacional, condecorar, a título
póstumo, por proposta do
Comandante-Chefe das Forças Armadas
de Moçambique, o Alferes Miliciano
de Infantaria, Comando, Agostinho
Machado Ribeiro Guimarães, com a
medalha de Cruz de Guerra de 2.ª
classe, ao abrigo dos artigos 14.º,
15.º, 16.º e 63.º do Regulamento da
Medalha Militar, de 20 de Dezembro
de 1971.
Transcrição do louvor que
originou a condecoração.
(Publicado nas Ordens de Serviço n.º
6, de 3 de Março de 1973, do
Comando-Chefe das Forças Armadas de
Moçambique, e n.º 29, de 11 de Abril
do mesmo ano, do Quartel General da
Região Militar de Moçambique):
Que, por proposta do Comandante da
Região Militar de Moçambique e por
despacho de 2 de Março de 1973,
conferiu o seguinte louvor:
"Louvado, a título póstumo, o
Alferes Miliciano de Infantaria,
Comando, Agostinho Machado Ribeiro
Guimarães, porque, durante o tempo
em que fez parte da 28.ª Companhia
de Comandos, que por duas vezes
comandou interinamente, foi
constante exemplo das mais altas
virtudes morais, cívicas e
militares, pautando os seus actos
pelos ditames da honra e do dever
militar.
Em todas as operações em que tomou
parte e em que ocupava sempre os
lugares de maior perigo, demonstrou,
permanentemente, possuir
extraordinárias qualidades de
chefia, sobressaindo a sua coragem,
grande decisão, serena energia
debaixo de fogo e sangue-frio, do
que deu raro exemplo aos seus
subordinados, afirmando
constantemente a sua elevada
qualificação para o desempenho das
funções de maior responsabilidade.
Com a sua agressividade e destemor,
contribuiu decisivamente para o
controlo de situações difíceis,
empolgando os homens do seu Grupo,
de que fez uma valiosa força
combatente, que causou ao inimigo
numerosas baixas e captura de
material.
De salientar a sua actuação nas
operações "Proximidade", "Altitude",
"Entre-Rios", "Neptuno", "Mercúrio",
"Orfeu", "Exploração" e "Sabina". No
decorrer destas duas últimas, quando
dos contactos havidos com grupos
inimigos armados, quer em
deslocamento, quer em golpes de mão
a acampamentos, o Alferes Guimarães
orientou sempre as suas forças de
forma eficiente e comandou várias
vezes a equipa de assalto, correndo
isolado em perseguição de elementos
em fuga, com inigualável audácia e
desprezo pela vida.
Na operação "Orfeu 2", sofrendo
forte emboscada desencadeada por
numeroso grupo inimigo com fogos de
armas-automáticas, morteiros e
lança-granadas foguete, e em que o
seu grupo caiu na "zona de morte",
reagiu valorosamente em frente ao
inimigo, desalojando-o da sua
posição e capturando-lhe material.
Foi nesta acção que, atingido no
peito por uma granada, tombou para
sempre quando procurava manobrar o
seu Grupo de Combate debaixo de
cerrado fogo adverso.
Praticou assim o Alferes Guimarães,
na Região Militar de Moçambique,
actos extraordinários de heroísmo,
abnegação e valentia, constituindo
um exemplo altamente dignificante
para o Exército e honrando a Pátria
em defesa da qual perdeu a vida".