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Mopeia - RMM

Incidente com Maiores Baixas do Exército Português - 21Jun1969

 

 

Moçambique, 21 de Junho de 1969 (Sábado), pelas 16H57

 

Na travessia do baixo Zambeze entre Chupanga e Mopeia

 

O afundamento do batelão 'São Martinho' causou a morte de 100 Militares Portugueses

 

Listagem dos mortos em Mopeia, no dia 21Jun1969

 

«... em cada campa dos militares e civis enterrados no cemitério de Mopeia existe uma garrafa de vidro com uma lista de todos os pertences encontrados nos corpos. ...»

 

 

From: António Simões

Sent: Thursday, April 17, 2014 11:39 PM

To: UTW

Subject: Desastre de Mopeia - 21 de Junho de 1969

Amigos veteranos, nesta época é difícil estar a escrever muito sobre o acidente em Mopeia, mas digo já que estive em Mopeia de 22 de Junho a 9 de Julho e revistei cerca de 93 cadáveres com vista à sua identificação, pois que no momento era condutor do oficial de operações, major de infantaria Joaquim Vilhena Rodrigues que foi encarregado pelo comandante do sector de elaborar o auto do acontecido. Outros militares da minha companhia estiveram no local, da CCS do Batalhão de Caçadores 1937, na altura sediada em Mocuba.

Posso adiantar que em cada campa dos militares e civis enterrados no cemitério de Mopeia existe uma garrafa de vidro com uma lista de todos os pertences encontrados nos corpos. Uma cópia ficou no espólio desses militares.

Aqueles que se conseguiu identificar foi mais fácil, outros camaradas que nem documentos tinham foi difícil, embora se descrevessem exaustivamente todos os seus pertences, (relógios, fios, outros bens que pudessem permitir uma identificação futura). Neste momento e sem recorrer a outros meios é o que salta à memória, embora esta esteja sempre presente nas minhas recordações.

Mais posso informar que um dos sobreviventes era jogador de Hóquei, chamado Meireles e que depois chegou a ser selecionador nacional da equipa de hóquei em patins, outro dos sobreviventes era cabo de seu apelido Turruta.

Na altura não escrevi grande coisa mas apenas de memória estou a relatar estes factos, acrescentando que o dono do batelão também foi enterrado em Mopeia, eram cerca das quatro da madrugada.

Um abraço e sempre ao dispor para qualquer outro esclarecimento e do qual eu me recorde, acrescento que embora possa não ser relevante, fui louvado pelo comandante do sector D, pelo meu trabalho no local.

 

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