Júlio Fernandes Vicente,
1.º Cabo de Cavalaria, n.º 188/64, da
CCav703/BCav705
"Pouco se fala hoje
em dia nestas coisas mas é bom que para
preservação do nosso orgulho como Portugueses,
elas não se esqueçam"
Barata da Silva, Vice-Comodoro
HONRA
E GLÓRIA
 
Júlio Fernandes
Vicente
1.º Cabo de Cavalaria, n.º 188/64
Companhia de Cavalaria 703
Batalhão de Cavalaria 705
«CAVALEIROS MARINHOS»
« SUAVITOR
IN MODO FORTIFER IN RÉ»
Guiné:
24Jul1964 a 14Mai1966
Cruz de Guerra de 2.ª classe
Louvor
Individual
Louvor Colectivo
Júlio Fernandes
Vicente, 1.º Cabo de Cavalaria, n.º
188/64;
Mobilizado pelo Regimento de Cavalaria 7
(RC7 – Ajuda, Lisboa) «QUO TOTA VOGANT»
- «REGIMENTO DO
CAIS» para servir
Portugal na Província Ultramarina da
Guiné;
No dia 18 de Julho de 1964, na Gare
Marítima da Rocha do Conde de Óbidos, em
Lisboa, embarcou no NTT ‘Índia’,
integrado na Companhia de Cavalaria 703
do Batalhão de Artilharia 705
«CAVALEIROS MARINHOS» - «SUAVITOR IN
MODO FORTIFER IN RÉ», rumo ao estuário
do Geba (Bissau), onde desembarcou no
dia 24 de Julho de 1964;
A sua subunidade de cavalaria na função
de intervenção como reserva do
Comando-Chefe e com a sua base em Bissau
e após cumprir um curto período de
treino operacional no sector de Bula,
sob orientação do
Batalhão de Caçadores
(BCac507), foi utilizada em diversas
operações de maior vulto, nomeadamente
na operação "Tornado", realizada na
região do Cantanhez, na dependência do
Comando da Defesa Marítima da Guiné
(CDMG), de 19 a 21 de Setembro de 1964,
na operação "Base", realizada na região
do Óio, na dependência do Batalhão de
Artilharia 645 (BArt645) «ÁGUIAS NEGRAS»
- «BRAVOS, LEAIS E FIÉIS» de 04 a 07 de
Outubro de 1964 e nas operações
"Rescaldo", "Flores" e "Notável",
realizadas na região do Morés-Óio sob
comando directo do seu batalhão, de 04 a
23 de Novembro de 1964;
Para além das operações de intervenção
já referidas, foi atribuída em reforço
do Batalhão de Caçadores 507 (BCac507)
para emprego na operação
"Fisga", já
atrás indicada e seguidamente em reforço
do Batalhão de Caçadores 619 (BCac619)
«SENTINELA DO SUL», na região de Catió,
de 19 a 22 de Dezembro de 1964 e depois
na operação "Campo" com consequente
ocupação e instalação em Cufar, onde se
manteve de 17 de Janeiro a 18 de Março
de 1965, sendo
substituída pela
Companhia de Caçadores 763 (CCac763)
«NOBRES NA PAZ E NA GUERRA».
Recolheu em 18 de Março de 1965 a Bissau
e deslocou-se, em 1 de Abril de 1965
para Bolama, tendo cedido dois Grupos de
Combate (GComb) ao Batalhão de Caçadores
513 (BCac513) «CEDER NUNCA» para
operações em Fulacunda. Tomou, ainda,
parte na operação "Razia", na região de
Cufar, de 09 a 23 de Abril de 1965, em
reforço do Batalhão de Caçadores 619
(BCac619) «SENTINELA DO SUL», após o que
recolheu a Bissau.
Louvado por feitos em combate no Teatro
de Operações da Guiné, publicado na
Ordem de Serviço n.º 04, de 30 de Abril
de 1965, do Comando-Chefe das Forças
Armadas da Guiné e na Revista da
Cavalaria do ano de 1966, página 81;
Em 28 de Maio de 1965, foi colocada em
Nova Lamego, para intervenção em
proveito do Batalhão de Caçadores 512
(BCac512) «HONRA E GLÓRIA» e
depois do
seu batalhão.
Em 24 de Junho de 1965, rendendo a
Companhia de Artilharia 731 (CArt731) do
Batalhão de Artilharia 733 (BArt733)
«VALOROSOS AUDAZES CORAJOSOS», assumiu a
responsabilidade do subsector de
Buruntuma, igualmente integrada no
dispositivo e manobra do seu batalhão.
Agraciado com a Medalha da Cruz de
Guerra de 2.ª classe, pela Portaria de
12 de Abril de 1966, publicada Ordem do
Exército n.º 13 – 3.ª série, de 10 de
Maio de 1966;
Em 8 de Maio de 1966, rendida pela
Companhia de Caçadores 1418 (CCac1418)
do Batalhão e Caçadores 1856 (BCac1856)
«UBI GLORIA OMNE PERICULUM DULCE»,
recolheu a Bissau para embarque de
regresso.
Louvor Colectivo – Batalhão de Cavalaria
705 – publicado na Ordem de Serviço n.º
57, de 11 de Maio de 1966, do Comando de
Agrupamento 24 (CmdAgr24) «PREVISÃO E
ACÇÃO» e na Revista da Cavalaria do ano
de 1966, páginas 173 e 174;
No dia 14 de Maio de 1966, embarcou no
NTT ‘Uíge’ de regresso à Metrópole, onde
desembarcou no dia 20 de Maio de 1966.
------------------------------
Cruz
de Guerra de 2.ª classe
1.° Cabo de Cavalaria,
n.º 188/64
JÚLIO FERNANDES VICENTE
CCav703/BCav705 - RC7
GUINÉ
2.ª CLASSE
Transcrição
da Portaria publicada na Ordem do
Exército n.º 13 – 3.ª série, de 10 de
Maio de 1966.
Por
Portaria de 12 de Abril de 1966:
Manda o Governo da República Portuguesa,
pelo Ministro do Exército, condecorar
com a Cruz de Guerra de 2.ª classe, ao
abrigo dos artigos 9.º e 10.º do
Regulamento da Medalha Militar, de 28 de
Maio de 1946, por serviços prestados em
acções de combate na Província da Guiné
Portuguesa:
O 1.º Cabo n.º 188/64, Júlio Fernandes
Vicente, da Companhia de Cavalaria n.º
703 do Batalhão de Cavalaria n.º 705 -
Regimento de Cavalaria n.º 7.
Transcrição
do louvor que originou a condecoração.
(Publicado na Ordem do Serviço n.º 04,
de 30 de Abril de 1965, do Comando-Chefe
das Forças Armadas da Guiné):
Louvo o 1.º Cabo n.º 188/64, Júlio
Fernandes Vicente, da Companhia de
Cavalaria n.º 703 do Batalhão de
Cavalaria n.º 705, por ter demonstrado
grande vontade de bem cumprir assim como
um espírito de sacrifício digno de
realce.
Tendo sido ferido num braço no ataque
que o inimigo levou a efeito em Janeiro
do corrente ano, ao estacionamento de
Cufar, depois de receber tratamento no
posto de socorros e embora o médico da
Unidade lhe dissesse que deveria
deitar-se e descansar, este Cabo,
dizendo que ainda lhe restava um braço e
que com ele poderia ainda entregar
carregadores aos seus camaradas,
regressou de imediato ao abrigo,
continuando na primeira linha de fogo
onde fora anteriormente ferido.
É de notar, ainda, que tanto para se
dirigir ao posto de socorros como para o
regresso, teve de atravessar uma zona
desprovida de qualquer abrigo e que foi
batida por fogo inimigo.
Por estes motivos e também por se ter
sempre distinguido pela sua abnegação e
vontade de bem servir, é de apontar como
exemplo a seguir pelos seus camaradas,
digno de estima e admiração dos seus
superiores e das Forças Armadas a que
pertence.
------------------------------
Louvor Colectivo
BATALHÃO DE CAVALARIA
N.º 705
(Ordem de
Serviço n.º 57, de 11 de Maio de 1966,
do Comando de Agrupamento 24)
Louvo o Comando do Batalhão de Cavalaria
n.º 705 pela forma proficiente e a todos
os títulos exemplar como organizou e
accionou os diversos serviços que se
processaram ou correram através dele.
Comando em que todos os seus órgãos
revelaram o melhor interesse no
exercício das suas funções especificas,
a que cabalmente satisfizeram,
constituiu um todo homogéneo à altura da
missão recebida não obstante a
complexidade inerente ao grande número
de subunidades a orientar, accionar e a
controlar, o que lhe mereceu encómios e
o testemunho da sua eficiência por parte
das diferentes Chefias e Comandos das
Armas do Comando Territorial
Independente da Guiné, e foi motivo para
receber, no campo social, a
solidariedade das autoridades
administrativas, e o agradecimento e
consagração por parte das populações e
autoridades nativas, pela assistência
morai, religiosa, sanitária, educativa e
económica prestadas, em reconhecimento
da protecção que sempre lhes foi
garantida.
Comando que concebeu e impulsionou uma
actividade operacional a todos os
títulos notável perseguindo o inimigo e
impedindo-lhe sua fixação no sector, em
tudo fez aflorar a qualidade dos seus
oficiais, sargentos e praças havendo-se
de dar relevo muito justamente ã pessoa
do seu Comandante, Tenente-Coronel de
Cavalaria, Manuel Maria Pereira Coutinho
Correia de Freitas, oficial com dotes
excepcionais de Comando, que conseguiu
galvanizar à sua volta compenetradas
vontades e o melhor espírito de
cooperação dos seus subordinados no que
constituíram um todo digno de apreço e
de muita simpatia, marcando uma presença
exemplar na Guiné que me apraz referir e
apontar à consideração das Unidades do
Sector Leste.
(Revista da
Cavalaria do ano de 1966, páginas 173 e
174)
------------------------------
Notícia da partida do
NTT
'Índia', com destino à Província
Ultramarina da Guiné


|