Francisco Artur Bernardes
Carneiro, Alferes Mil.º de Cavalaria
"Pouco se fala hoje
em dia nestas coisas mas é bom que para
preservação do nosso orgulho como Portugueses,
elas não se esqueçam"
Barata da Silva, Vice-Comodoro
HONRA
E GLÓRIA
 
Francisco Artur Bernardes Carneiro
Alferes Mil.º de Cavalaria
Companhia de Cavalaria 1449
Batalhão de Cavalaria
1863
«PRONTOS PARA TUDO»
Angola:
23Out1965 a 12Dez1967
Cruz de Guerra de 3.ª classe
Louvor
Individual
Louvor Colectivo
Francisco Artur
Bernardes Carneiro, Alferes Mil.º de
Cavalaria;
Mobilizado
pelo Regimento de Cavalaria 7 (RC7 –
Ajuda, Lisboa) «QUO TOTA VOGANT» -
«REGIMENTO DO CAIS» para servir Portugal
na província Ultramarina de Angola;
No
dia 14 de Outubro de 1965, na Gare
Marítima da Rocha do Conde de Óbidos,
embarcou no NTT ‘Vera Cruz’, como
comandante de pelotão da Companhia de
Cavalaria n.º 1449 do Batalhão de
Cavalaria n.º 1863
«PRONTOS
PARA TUDO», rumo ao porto de Luanda onde
desembarcou no dia 23 de Outubro de
1965;
A
sua subunidade doi colocada inicialmente
na Gafaria, onde foi substituída, em
Fevereiro de 1966, pela Companhia de
Artilharia 700 (CArt700) do Batalhão de
Artilharia 701 (BArt701) «TEMÍVEL QUAL
DRAGÃO», e depois em Calunda;
Louvor
colectivo, por despacho de 6 de Junho de
1967 do General Comandante da Região
Militar de Angola, publicado na Revista
da Cavalaria do ano de 1967, pág. 206;
Em 12 de Dezembro de 1967, embarcou no
NTT 'Vera Cruz' de regresso à Metrópole,
onde desembarcou no dia 22 de Dezembro
de 1967;
Louvado por feitos em combate no Teatro
de Operações de Angola e agraciado com a
Medalha da Cruz de Guerra de 3.ª classe,
pela Portaria de 5 de Dezembro de 1967,
publicada na Ordem do Exército n.º 1 –
2.ª série, de 1 de Janeiro de 1968 e na
Revista da Cavalaria do ano de 1967,
página 101.
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Louvor
Colectivo
BATALHÃO DE CAVALARIA
N.º 1863
Despacho de 6
de Junho de 1967 do
General Comandante de Região Militar de
Angola
Louvo o Batalhão de Cavalaria n.º 1863,
pelo entusiasmo e invulgar interesse que
tem vindo a revelar no desempenho de
todas as missões que lhe foram
conferidas, durante cerca de dezanove
meses de comissão.
Localizado durante todo este período no
Saliente do Cazombo, orientou
criteriosamente as suas múltiplas
actividades adaptando-se às
características geográficas e étnicas do
sector, aquelas com terrenos difíceis de
chana alagada e de montanha, estas com
populações fortemente ligadas às
autoridades tradicionais e sujeitas a
uma activa propaganda do exterior.
Este Batalhão levou a efeito uma intensa
actividade operacional por toda a sua
vasta zona de acção, inicialmente com
vista ao controle das populações e
detecção dos primeiros indícios de
subversão, e a partir de Maio de 1966,
empenhando-se na luta contra bandos
armados.
É justo referirem-se os bons resultados
obtidos em muitas acções e várias
operações realizadas com carácter
vincadamente ofensivo e ainda na
protecção das populações sujeitas às
sevícias do inimigo.
Sobre este último aspecto, merece
especial destaque a acção conduzida pelo
Batalhão de Cavalaria n.º 1863, cujo
comando inteligentemente tem envidado
todos os seus esforços, em estreita
colaboração com as autoridades civis,
para o reordenamento das populações, em
grande parte regressadas dos territórios
limítrofes. Assim, começaram a surgir
novas povoações em locais escolhidos e
com as condições de vida necessárias à
elevação social destas populações que
reiniciaram uma nova vida, garantindo os
seus meios de subsistência e de auto
defesa, com completa adesão à nossa
missão. Simultaneamente viu-se
facilitada a acção de controle destes
povos, desde então subtraídos à
influência e às solicitações do inimigo.
Deste modo, o Batalhão de Cavalaria n.º
1863 tem-se creditado como uma excelente
Unidade, disciplinada e com elevado
espírito de missão, que bem merece o
reconhecimento da Região Militar de
Angola que lhe é conferido neste louvor.
(in Revista da Cavalaria do ano de
1967, pág. 206)
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Cruz
de Guerra de 3.ª classe
Alferes Miliciano de
Cavalaria
FRANCISCO ARTUR BERNARDES CARNEIRO
CCav1449/BCav1863 -
RC7
ANGOLA
3.ª CLASSE
Transcrição
da Portaria publicada na Ordem do
Exército n.º 1 – 2.ª série, de 1 de
Janeiro de 1968.
Por Portaria de 05 de Dezembro de 1967:
Condecorado com a Cruz de Guerra de 3.ª
classe, ao abrigo dos artigos 9.º e 10.º
do Regulamento da Medalha Militar, de 28
de Maio de 1946, por serviços prestados
em acções de combate na Província de
Angola, o Alferes Miliciano de
Cavalaria, Francisco Artur Bernardes
Carneiro, da Companhia de Cavalaria n.º
1449 do Batalhão de Cavalaria n.º 1863 -
Regimento de Cavalaria n.º 7.
Transcrição
do louvor que originou a condecoração.
(Por Portaria da mesma data, publicada
naquela Ordem do Exército):
Louvado o Alferes Miliciano de
Cavalaria, Francisco Artur Bernardes
Carneiro, da Companhia de Cavalaria n.º
1449 do Batalhão de Cavalaria n.º 1863 -
Regimento de Cavalaria n.º 7, pela forma
audaciosa como comandou o seu grupo de
combate, reduzido a cerca de metade do
efectivo normal, conduzindo-o com
valentia, serenidade e decisão
extraordinárias, durante a acção "Caça",
contra um numeroso e muito bem armado
grupo inimigo.
Mercê da sua coragem, energia, desprezo
pelo perigo e forma destemida como
conduziu a acção, com risco até da
própria vida, comandou directamente um
dos três extremamente reduzidos núcleos
em que tacticamente articulou o seu
grupo de combate, com o qual fez uma
cuidadosa aproximação e realizou o
assalto, obtendo, sobre o inimigo,
notáveis resultados, quer pelo número de
baixas que lhe infligiu, quer pelo
armamento, equipamento e diverso
material que este foi compelido a
abandonar no terreno.
Subalterno inteligente, muito correcto e
aprumado, possuidor de elevadas
qualidades morais e iguais dotes de
carácter, vem-se qualificando como um
oficial muito calmo, voluntarioso,
disciplinado e disciplinador, com
perfeita noção do dever, impondo-se à
consideração geral e comandando com a
maior eficiência o seu grupo de combate
nas mais diversas situações, conseguindo
também, mediante a sua acção de comando,
melhorar consideravelmente as condições
de vida do seu destacamento, apesar dos
escassos meios ao seu dispor.
Pelo brilho e valor de toda a sua
conduta anteriormente referida,
constitui o Alferes Carneiro um exemplo
das nobres virtudes militares e os
serviços que prestou na Zona de
Intervenção Leste da Região Militar de
Angola devem ser considerados
extraordinários e de alto valor.
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Notícia:
Partida do BCav1863
para Província Ultramarina de Angola

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Notícia:
Chegada do BCav1863 à
Metrópole


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