João Bacar Jaló, Capitão Graduado
'Comando', da 1ªCCmdsAfr
"Pouco se fala hoje
em dia nestas coisas mas é bom que para
preservação do nosso orgulho como Portugueses,
elas não se esqueçam"
Barata da Silva, Vice-Comodoro
Elementos
cedidos por um colaborador do portal UTW
Capitão
Graduado 'Comando'
João Bacar Jaló
Comandante da
1.ª Companhia de Comandos Africanos da Guiné
Grau Oficial
da Ordem Militar da Torre e Espada, do Valor,
Lealdade e Mérito
Cruz de Guera,
colectiva, de 1.ª classe
Cruz de
Guerra, de 2.ª Classe
Cruz de
Guerra, de 4.ª classe
Medalha de
Ouro de Serviços Distintos, com Palma (a título
póstumo)
Cruz de
Guerra, de 4.ª classe
Auxiliar Fula,
chefe de grupo de caçadores
JOÃO BACAR JALÓ
Adstrito ao BCac
356
GUINÉ
4.ª
CLASSE
Transcrição da
Portaria publicada na O.E. N.º 18 - 3.ª série de
1964.
Por Portaria de 05 de Junho de 1964:
Manda o Governo da República Portuguesa, pelo
Ministro do Exército, condecorar com a Cruz de
Guerra de 4.ª classe, ao abrigo dos artigos 9.º
e 10.º do Regulamento da Medalha Militar, de 28
de Maio de 1946, por serviços prestados em
acções de combate na Província da Guiné:
O Auxiliar Fula, João
Sacar Jaló, chefe de grupo de caçadores
auxiliares, adstrito ao Batalhão de Caçadores
n.º 356.
Transcrição do louvor que originou a
condecoração.
(Publicado na OS n.° 3, de 07 de Janeiro de
1964, do CTJG):
Louvo o Auxiliar Fula, João Bacar Jaló, porque,
no desempenho das funções de chefe de grupo de
caçadores auxiliares, adstrito ao Comando do
Batalhão n.º 356, se revelou não só como
elemento extraordinariamente valioso para a
actuação das forças militares no seu sector de
responsabilidade, mas também por ser dotado dum
patriotismo consciente, inteligente e
indefectível, que concretizou pondo-se à inteira
disposição para combater ao lado das nossas
tropas nesta luta em que Portugal está
envolvido.
Devido à sua reconhecida posição de português
leal e à sua actuação, tem a cabeça posta a
prémio pelos chefes terroristas que, por não o
terem conseguido aliciar, como por diversas
vezes e meios tentaram, destruíram-lhe a casa e
haveres, matando um seu parente e ferindo
gravemente uma das suas mulheres.
Trata-se de um elemento de inegáveis e
reconhecidas qualidades de chefe, tendo
organizado o grupo de caçadores auxiliares
local, que conseguiu estruturar dentro duma
correcta disciplina militar, e que, sob o seu
comando, tem participado em diversas operações,
quer isolado, quer integrado nas forças
regulares, tendo em várias delas provocado
mortos e feridos, tendo ele próprio sido
atingido diversas vezes.
A sua actuação, sempre digna de registo,
destaca-se na operação "Resgate", nas ilhas de
Como e Caiar, em fins de Maio, em que com o seu
grupo enfrentou numeroso grupo de terroristas
que dispunha de vantagens de terreno e de
armamento, numa tentativa de recuperação de um
piloto da FA capturado pelo In após aterragem
forçada no Ilhéu Colbert, e, ainda, na defesa de
Priame, na noite de 06 de Agosto, em que
enfrentou com os seus caçadores um grupo
terrorista muito numeroso que tentava destruir a
tabanca, conseguindo, pela sua intervenção
pessoal, aniquilar um pequeno grupo que dispunha
de uma metralhadora ligeira e aguentar a
situação até à chegada das NT, criando-lhes
possibilidade de intervenção.