HONRA E GLÓRIA |
Fontes:
5.º Volume, Tomo I,
pág. 165, da RHMCA / CECA / EME
8.º Volume, Tomo I, pág.
88, da
RHMCA / CECA / EME
Imagem do
distintivo (CSap123) cedida pelo
Coronel de Engenharia
Armando Cação
Imagem do distintivo
(EPE) cedida por Carlos Coutinho
|
António
Emídio Fernandes
1.º Cabo de
Engenharia, n.º 58/59
Companhia de Sapadores 123
Batalhão de
Engenharia
Angola
Medalha de Prata de Valor Militar
com palma
(Título póstumo)
António Emídio
Fernandes,
1.º Cabo de Engenharia (Operador de
Máquinas de
Terraplanagem), n.º
58/59, natural da freguesia de
Mosteiro, concelho de Vieira de
Minho, filho de António da Cunha
Fernandes e de Maria da Cunha
Fernandes, solteiro.
Mobilizado
pela Escola Prática de Engenharia (EPE
- Tancos) para servir Portugal na
Província Ultramarina de Angola
integrado na Companhia de Sapadores
123 (CSap123).
Faleceu, no dia 26 de
Novembro de 1961, vítima de acidente
de viação no itinerário entre a Roça
Ângela e a Roça Bom Jesus, no
decorrer da operação «Ventarola».
Está inumado no
cemitério de Vieira do Minho.
Medalha de Prata de Valor Militar
com palma
(Título póstumo)
1.º
Cabo de Engenharia, n.º 122/59
ANTÓNIO EMÍDIO FERNANDES
CSap123 - EPE
ANGOLA
Grau: Cobre, com palma (Título póstumo)
Transcrição da Portaria publicada na OE n.º 14 - 3.ª
série, de 1962:
Por Portaria de 27 de Abril de 1962:
Manda o Governo da República Portuguesa, pelo Ministro
do Exército, condecorar com a Medalha de Cobre de Valor
Militar, com palma, - a título póstumo - nos termos do
parágrafo 2.º do art.º 8.º do Regulamento da Medalha
Militar de 28 de Maio de 1946, por satisfazer às
condições expressas no parágrafo 1.º do art.º 7.º do
mesmo Regulamento:
O 1.º Cabo n.º 122/59, da Companhia de Sapadores 123
(CSap123), António Emídio Fernandes, porque em 27 de
Julho de 1961, quando uma coluna militar procedia à
abertura de um itinerário na região das Sete Curvas, a
NE (nordeste) de Quicabo, foi atacada de surpresa, teve
acção meritória e digna de registo, continuando a actuar
com a sua máquina debaixo de fogo inimigo, no que
evidenciou grande coragem e sangue frio, conseguindo
conduzir o buldozer durante oito horas consecutivas,
muito contribuindo para o avanço e segurança das nossas
forças.
Em 7 de Agosto de 1961, no ataque antes
de Quissacala, deslocando-se ao lado do seu camarada que
conduzia a máquina, prestou-lhe magnífico auxílio,
protegendo-o com o fogo da sua arma; é de salientar que
neste ataque, o fogo inimigo foi intenso e teve como
alvo importante para o inimigo a máquina caterpillar
como o prova o facto de a mesma ter sido atingida por
dezassete tiros, três dos quais atravessaram a cabine,
tendo um atingido levemente o referido 1.º cabo.
Em 11 de Agosto de 1961, no deslocamento
Quissacala-Quitelo, não obstante o fogo inimigo que
chegou a atingir a máquina, continuou a trabalhar na
desobstrução da estrada, demonstrando, mais uma vez, à
semelhança do que se passara na acção do dia 27 de Julho
de 1961, muita serenidade e sangue frio.
Esta praça veio a falecer heroicamente na operação
"Ventarola" em 26 de Novembro de 1961.
A par deste comportamento, o 1.º Cabo n.º 122/59,
António Emídio Fernandes, revelou sempre muita
competência, excepcionais qualidades de trabalho e
nítida compreensão da grande responsabilidade da sua
missão, a ele se ficando a dever grande parte do êxito
das operações de desobstrução do itinerário Anapasso -
Beira Baixa.
Em todas as acções em que tomou parte revelou muita
coragem, decisão, serena energia e sangue frio.
Ministério do Exército, 27 de Abril de 1962.
O Ministro do Exército, Mário Silva.