Guerra do Ultramar: Angola, Guiné e Moçambique Automobilia Ibérica - Histórico Automóvel Clube de Entre Tejo e Sado (HACETS)

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 TRABALHOS, TEXTOS SOBRE OPERAÇÕES MILITARES ou LIVROS

Imagem e restantes elementos cedidos por LC123278

Sérgio Bacelar

Sérgio Augusto Margarido Lima Bacelar: nasceu em 12Out46, em Sá da Bandeira. Licenciado em engenharia civil pelo IST-Lisboa; entre outros cursos, frequentou os de Engenharia da AM, Geral de Comando, Estado-Maior e o de Técnica de Estado-Maior, do IAEM. Prestou serviço na EPE-Tancos, onde exerceu funções de Oficial de Operações, de Comandante de Companhia, de Instrutor do Curso de Minas e Armadilhas, de Director dos Cursos de Oficiais e de Sargentos Milicianos e de Director do Gabinete de Pontes; e também no RE3-Espinho, como comandante de Batalhão, Director de Instrução, Oficial de Logística e Segundo-Comandante.

Em 1995-97 exerceu o comando do RE3; e posteriormente, com a patente de coronel tirocinado, foi nomeado por escolha para CEM-RMN. Faleceu em 2000.

 

 

"A Guerra em África, 1961-1974 - Estratégias adoptadas pelas Forças Armadas"

 

"A Guerra em África, 1961-1974 - Estratégias adoptadas pelas Forças Armadas"

autor: Sérgio Bacelar

editor: Liga dos Amigos do Museu Militar do Porto (e Universidade Portucalense Infante Dom Henrique) ¹
1ªed. Porto, Março de 2000
23,3x16,5cm
208 págs (incluindo bibliografia, ilustrações e gráficos)
preço: 8,98€
dep. leg: PT-150366/00

¹ (com o patrocínio de: Câmara Municipal do Porto, Instituto de Defesa Nacional, Estado-Maior do Exército, Instituto de Altos Estudos Militares, Museu Militar do Porto)
 

Recensão:
– «Em cheio nos conflitos situa-se a análise do brigadeiro Sérgio Bacelar, "A Guerra em África", que se apresenta como uma síntese destinada aos oficiais que a fizeram entre 1961 e 1974 e, provavelmente, aos seus jovens sucessores que escolheram a carreira das armas depois de 1975. Se bem compreendemos, o autor pretende mostrar que o exército se desempenhou bem da missão impossível que lhe fora confiada pelo poder político. A forma adoptada é a de um curso para uma escola de oficiais do estado-maior (organigramas dos comandos na metrópole e no ultramar, gráficos, numerosos quadros de efectivos, etc.). Tudo isto é útil, mas a bibliografia é realmente sumária, não registando sequer os livros em inglês que tomam a defesa da sua tese e menos ainda os que estudaram em pormenor as operações militares portuguesas na Guiné, em Moçambique e em Angola. [...] O valor deste texto – que gostaríamos de poder ter lido há trinta anos –, provém essencialmente das numerosas estatísticas oficiais (cuja difusão era proibida, naturalmente, quando estudámos a situação militar em Angola). O autor felicita-se pela progressão na utilização de soldados locais (africanos no essencial). Cremos, pela nossa parte, que foi muito inferior ao que deveria ter sido. Afinal, a utilização dos recursos locais em homens tinha sido o principal trunfo dos oficiais da conquista de Moçambique (excepto com Mouzinho de Albuquerque e os seus émulos), em Angola (excepto no Sul) e sobretudo na Guiné e em Timor. Quanto ao essencial do restante da obra, estamos de acordo com o autor. A guerra de 1961-1974 foi o apogeu histórico da organização militar portuguesa, a qual conseguiu o máximo com um mínimo de meios. Mas nas guerras subversivas ou de libertação não é isso o essencial: quem ganha é sempre o mais paciente. E uma parte dos oficiais já tinha ultrapassado largamente o limite da lendária paciência do soldado português. Na Guiné e em Moçambique, pelo menos, visto que em Angola a situação estava colmatada devido à divisão e à ineficácia operacional relativa dos nacionalistas. Este livro é uma defesa da corporação dos oficiais, o que nos parece legítimo da parte de um general no activo (engenharia). Mas em que fica o simples soldado em tudo isto? Redige as suas memórias e os historiadores utilizá-las-ão com o mesmo proveito que as estatísticas oficiais. Tudo é necessário para escrever a história. Mesmo os missionários. E sobretudo quando não estão directamente ligados aos poderes políticos.»

[ cf René Pélissier, in "De Bissau a Balibó"; Análise Social, vol. XXXVI (158-159), 2001, pág.509 ]

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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