Trabalhos, textos sobre operações militares ou
livros
Elementos cedidos
por um
colaborador do portal UTW
Mário Brochado Coelho
Alferes Mil.º do Serviço de
Administração Militar
Companhia de Comando e
Serviços
Batalhão de Caçadores 471
«NON NOBIS»
«FIRMES E CONSTANTES»
«LEOPARDO»
Angola: 19Set1963 a
30Nov1965
Mário Brochado
Coelho, Alferes Mil.º do Serviço de Administração Militar,
nasceu no dia 2 de Julho de 1939, na freguesia de Vilar do
Paraíso, concelho de Vila Nova de Gaia;
Estudou na
Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra entre 1956 e
1962.
Expulso por motivos políticos da Universidade de
Coimbra pelo prazo de 30 meses, concluiu a licenciatura na
Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa.
Incorporado em
Agosto de 1962;
Mobilizado
pelo Regimento de Infantaria 15 (RI15 – Tomar) «NON NOBIS» -
«FIRMES E CONSTANTES» para servir Portugal na Província
Ultramarina de Angola;
No dia
7 de
Setembro de 1963, na Gare Marítima da Rocha do Conde de
Óbidos, embarcou no NTT 'Niassa', integrado na Companhia de
Comando e Serviços (CCS) do Batalhão de Caçadores 471
(BCac471) «NON NOBIS» - «FIRMES E CONSTANTES» -
«LEOPARDO»,
rumo ao porto de Luanda, onde desembarcou no dia 19 de
Setembro de 1963;
A sua
subunidade de infantaria foi colocada em Úcua; em 5 de
Fevereiro de 1965 foi transferida para Bela Vista;
No dia 30 de
Novembro de 1965, embarcou no NTT 'Vera Cruz' de regresso à
Metrópole, onde desembarcou no dia
9 de Dezembro de 1965.
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Advogado de
presos políticos nos Plenários Criminais do Porto e Lisboa,
foi advogado do Sindicato dos Bancários do Norte, com
intervenção na criação da Intersindical.
Advogado da
acusação particular no caso do assassinato pelo MDLP do
Padre Maximino de Sousa e da estudante Maria de Lurdes
Correia – 1977/1999.
Membro
coordenador do Tribunal Cívico Humberto Delgado – 1977/78.
Consultor
jurídico, desde 1974, de inúmeras associações de moradores
do Grande Porto. Consultor jurídico dos Serviços
Municipalizados de Águas e saneamento, de 1982 a 2002.
Provedor do cliente dos Serviços Municipalizados de Águas e
Saneamento do Porto, entre 2002 a 2006.
Foi eleito duas
vezes como deputado municipal no Porto, em 1977 e 1981.
Agraciado em 2006
pelo Presidente da República com a Ordem da Liberdade.
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«diário da guerra
de Angola»
(desde a mobilização em 09Abr63, até ao termo da
torna-viagem em 04Jan66)
título:
«Lágrimas
de Guerra»
autor: Mário Brochado Coelho
editor: Afrontamento
1ªed. Porto, Jan1989
330 págs
24x14,6cm
dep.leg: PT-29758/89
Sinopse:
Um diário, uma memória,
um testemunho. Feito pelo então alferes miliciano Mário
Brochado Coelho, mobilizado para Angola no início dos anos
60, e publicado tal e qual foi escrito, num dia-a-dia de
factos e de memórias: as reacções e os espantos, as revoltas
e as ternuras.
Introdução:
Passados quase 25 anos é
tempo ainda para pagar dívidas. É tempo ainda para recuperar
a memória perdida. Dar testemunho através das palavras, das
ideias e dos factos dos anos de guerra. Agora que o silêncio
tudo parece ocultar e que começa a ser tentação demasiado
fácil fazer ficção sobre uma realidade que se deixou
esquecer ou distorcer, é tempo de recuperar o passado
incómodo que somos. É tempo de dar vida aos mortos e
violentados que a nossa falta de memória matou e violentou
segunda vez.
Este é o meu diário da
guerra de Angola. Assim o escrevi. Assim o quero publicar.
Com fidelidade. Tal e qual. Será o meu contributo para uma
história que, entre nós, ninguém quer fazer. Será o meu
contributo para conceder alguma forma e alguma verdade a
vidas e gestos injustamente esquecidos ou deliberadamente
ignorados.
Um encontro, também.
Comigo, o de então ou o de sempre; com os amigos de então ou
de sempre; com as ideias de então ou de sempre. Um regresso
perturbante. A defesa da memória, minha e de todos.
Mário Brochado Coelho
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Batalhão
de Caçadores 471
Os mortos
em campanha do Batalhão de Caçadores 471:
Manuel José Casimiro,
Soldado da CCS/BCac471, natural da freguesia de Pavia,
concelho de Mora. Faleceu em 08Abr1964, está sepultado no
cemitério de Luanda (Angola);
Manuel Marques
Venâncio, Soldado da CCac468/BCac471, natural de Casal
das Roças, freguesia de Raposa, concelho de Almeirim.
Faleceu em 17Out1963, está sepultado no cemitério de Roça
Santarém (Angola);
Jorge Manuel dos
Santos Lopes da Silva, Alferes da CCac468/BCac471,
natural da freguesia de São Domingos de Benfica, concelho de
Lisboa. Faleceu em 13Nov1963, está sepultado no cemitério de
São Domingos de Benfica;
António Ribeiro
Teixeira, 1.º Cabo da CCac468/BCac471, natural de
Lameiros, freguesia de Refojos de Basto, concelho de
Cabeceiras de Basto. Faleceu em 01Mar1964, está sepultado no
cemitério de Roça Santarém (Angola);
Francisco Manuel
Sobral, Soldado da CCac468/BCac471, natural de Grândola.
Faleceu em 06Ago1964, está sepultado no cemitério de
Grândola;
António Fernandes de
Amorim, Soldado da CCac469/BCac471, natural de
Fortinhais, freguesia de Pedregais, concelho de Vila Verde.
Faleceu em 17Out1963, está sepultado no cemitério de Roça
Santarém (Angola);
António João Nunes,
Furriel da CCac469/BCac471, natural da freguesia de Marvila,
concelho de Santarém. Faleceu em 15Mar1964, está sepultado
no cemitério de Capuchos;
João Lopes
Ferreira, Soldado da CCac470/BCac471, natural da
freguesia de Sequeiros, concelho de Aguiar da Beira.
Faleceu em 03Dez1963, está sepultado no cemitério de
Sequeiros;
Ernesto Rodrigues
Carneiro, 1.º Cabo da CCac470/BCac471, natural de
Tinhela de Baixo, da freguesia de Bornes de Aguiar,
concelho de Vila Pouca de Aguiar. Faleceu em 27Dez1963,
está sepultado no cemitério de Pango-Aluquém;
Carlos de
Figueiredo Miroto, Furriel da CCac470/BCac471,
natural da freguesia de Maceira, concelho de Leiria.
Faleceu em 13Fev1964, está sepultado no cemitério de
Arnal.
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Notícia:
Partida do
NTT 'Niassa' para Luanda:
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Notícia:
Chegada do
NTT 'Vera Cruz' a Lisboa: